A hiperidrose ocorre em 3% da população e é uma desordem que causa a produção de suor excessivo. Ela ocorre devido à hiperatividade das glândulas sudoríparas écrinas, independente do processo de termoregulação do estimulo simpático, desencadeada principalmente por estímulos emocionais.
A hiperidrose apresenta significante impacto negativo na qualidade de vida do paciente, interferindo em seu relacionamento social e em suas atividades profissionais, não raro levando a quadros de ansiedade social.
A forma primária é a alteração funcional idiopática que se expressa por suor excessivo, tipicamente nas axilas, palmas, plantas e face. Comumente as axilas são as regiões mais afetadas, estando envolvidas em mais de 50% dos casos.
Entre as opções terapêuticas tradicionais da hiperidrose primária incluem-se os sais tópicos de alumínio, a iontoforese, o uso de agentes anticolinérgicos orais, as intervenções cirúrgicas locais e a simpatectomia. Esses tratamentos, entretanto, apresentam-se muitas vezes limitados e/ou relacionados a efeitos colaterais. Nos métodos não cirúrgicos os resultados são paliativos, porém as complicações, quando ocorrem, são transitórias, como as dermatites irritativas devido ao uso dos sais de alumínio tópicos.
Já os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos(excisão local ou a curetagem das glândulas sudoríparas axilares) ou ainda a utilização da simpatectomia apresentam-se como opções efetivas seguras e permanentes para o tratamento de hiperidrose, porém são reservadas a casos graves, pois podem apresentar efeitos secundários não temporários, como a já bem conhecida hiperidrose compensatória, comumente observada no pós-operatório da simpatectomia e que pode afetar cerca de 48% dos pacientes operados.
Em revisão recente sobre o tema a técnica de lipossucção com curetagem é vista como procedimento menos invasivo que as cirurgias abertas locais, com bons resultados e, portanto, como uma das primeiras opções de tratamento para a hiperidrose axilar. O uso da toxina botulínica nos últimos anos tem também mudado completamente o quadro do tratamento da hiperidrose axilar. Sua aplicação é fácil, rápida e eficaz na redução focal do suor e não apresenta sérios efeitos adversos, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Para a hiperidrose axilar, o uso do laser subdérmico tem sido apontado como ótima opção ao uso da toxina botulínica devido a seus longos resultados, à alta satisfação dos pacientes e aos poucos efeitos colaterais. Este procedimento tem se revelado extremamente eficaz e após esse tratamento os pacientes apresentam uma melhora duradoura.
Em resumo, o tratamento da hiperidrose axilar grave é um desafio médico. Por se tratar de uma condição benigna de impacto negativo na qualidade de vida do paciente, terapias minimamente invasivas, resolutivas e duráveis devem ser almejadas. A aplicação do laser como nova alternativa no tratamento da hiperidrose axilar se mostrou um procedimento ambulatorial de fácil e rápida execução, extremamente eficaz e de caráter duradouro.
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