Na edição desta semana da revista campineira Metrópole, foi publicada a matéria da jornalista Vilma Gasques, cujo principal objetivo é relatar os motivos pelo qual o frio é favorável à beleza e alguns tratamentos que contribuem com essa. Confira abaixo a transcrição da matéria.
O inverno está sempre a favor da pele de quem não dispensa tratamentos dermatológicos. E por uma razão bem simples: o clima ameno desta época, com menor incidência de raios solares, faz com que os procedimentos ganhem em segurança, rapidez e eficácia. "Nos meses frios, as pessoas se expõem menos ao sol, usam roupas mais cobertas, vão menos a praias e piscinas e, por esses motivos, é mais seguro fazer, por exemplo peelings e laser na face e em outras áreas mais expostas", diz a dermatologista Renata Ferreira Magalhães, professora de dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com ela, pesa a favor da estação a possibilidade de esses tratamentos causarem pigmentações pós-inflamatórias, ainda mais em contato com a luz. "Além disso, a fotossensibilização provocada pelos ácidos normalmente usados em casa pode ser um problema para quem não se protege ao sair ao sol", continua. A dermatologista da Pontíficia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) Lúcia Arruda reforça a influência do sol na hora de se optar por determinados cuidados. "Como as pessoas não são expostas aos raios solares, não ficam bronzeadas e isso facilita os procedimentos", pondera. Há tratamentos que não podem ser realizados em pele bronzeada.
No entanto, não são apenas os cuidados com o rosto que ganham destaque nestes meses. Tratamentos corporais também são indicados, mas por motivos diferentes. "As pessoas procuram tratar celulite e estrias agora, preparando-se para o verão, para usar roupas mais curtas e bíquinis. Nos casos de gordura localizada e celulite, não há obrigatoriedade de se fazer no inverno, porque massagem, ultrassom, radiofrequência e outras técnicas não apresentam complicações diante da exposição solar", garante a professora da Unicamp.
De acordo com Lúcia, na lista dos mais indicados para a temporada figuram o preenchimento de sulcos e lábios, para acabar com as rugas e no qual se emprega a toxina botulínica, peelings médios e profundos e tratamentos a laser ablativo (esses causam coagulação seletiva do colágeno e não descamam a pele, que exigem atenção maior no processo de recuperação da derme). Também é comum nessa época a relização do procedimento que estimula a produção de colágeno por meio de ondas de radiofrequência e infravermelhas - sem causar alteração na superfície da pele, elas remodelam profundamente o colágeno e combatem a flacidez.
Segundo Renata, os procedimentos realizados, em geral, são peelings químicos, microabrasão, luz intensa pulsada e laser de CO2 fracionada para o rosto. Ela informa que as últimas novidades contra envelhecimento, manchas da face, cicatrizes de acne, rugas e flacidez são tratamentos com laser fracionado e radiofrequência facial. "Cada vez mais, realizam-se terapias combinadas para atingir vários alvos da pele, como pigmento, vasos e colágeno", cita. Para o corpo, carboxiterapia, criopólise e radiofrequência com aparelhos mais potentes são o que há de novo no mercado.
De acordo com Renata, ao aderir a qualquer opção é importante procurar parecer médico, já que muitos procedimentos estéticos ainda não são considerados por dermatologistas por falta de evidências científicas relacionadas a eficácia e segurança. "O importante é ter uma boa avaliação do médico dermatologista para saber o que é possível melhorar e que opções são indicadas a cada problema, considerando as condições gerais de saúde e a tolerância. Isso evita falsas expectativas e gastos desnecessários", alerta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário