Mais uma do Botox: para além da sua atuação em atenuar rugas, melhorar crises de enxaqueca e reduzir o suor em excesso, a toxina botulínica tem o efeito de atuar na diminuição dos sinais da depressão.
Um estudo da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, realizado com pessoas que sofrem de depressão, revelou que há efeitos reais na química cerebral que levam à melhora do humor desses pacientes.
A pesquisa foi feita com 74 adultos, todos diagnosticados com depressão severa. Metade recebeu aplicações da toxina e a outra metade levou picadas de injeções salinas, o chamado placebo, na região da glabela ( músculo que fica entre as sobrancelhas, responsável pela “cara de bravo”) . Ao final de seis semanas, 52% dos que receberam o Botox sentiram-se significativamente melhor contra apenas 15% do grupo do placebo.
Os pesquisadores acreditam que o resultado positivo da aplicação do Botox na depressão se deve à influência da expressão facial sobre o cérebro. Para eles, sentimentos como raiva, tristeza e felicidade, não vêm do cérebro, mas do músculo. Ao paralisá-lo, ele fica impedido de demonstrar tristeza e, consequentemente, sintomas de depressão diminuíram.
A resposta pode estar na comunicação entre as vias nervosas da face e o cérebro. Já se sabe, por exemplo, que em doenças raras, em que as vítimas não conseguem mover os músculos da face, elas têm comprometida também a capacidade de sentir alegria ou tristeza.
A gente também não sabe, mas o fato é que ficamos mais felizes após a aplicação do Botox!
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