As pintas ou nevos, o nome
científico, são pequenas formações planas ou em relevo, lisas ou rugosas na
pele. A maioria apresenta tons de castanho e são compostas de células
especiais, as névicas, que não têm outra função além de formar essas lesões. O
que determina o aparecimento é a predisposição genética, mas a exposição solar
também conta. Quanto mais toma sol, maiores os riscos de você ter pintas
precocemente. Elas "nascem" geralmente na infância e adolescência,
mas algumas podem surgir até a terceira década de vida.
Todas as pintas são perigosas?
Não. Algumas podem trazer prejuízo
estético, mas não oferecem risco de transformação maligna, outras que podem até
serem discretas e estarem localizadas em locais escondidos podem causar
preocupação. Pessoas com muitas pintas correm mais
risco de câncer de pele?
Sim, elas são mais vulneráveis aos
tumores de pele, inclusive o tipo mais grave, o melanoma, que tem alto risco de
metástase (quando surgem focos do tumor em outros locais) e não responde bem ao
tratamento, a menos que seja removido em estágio precoce. Segundo o Instituto
Nacional do Câncer, o câncer de pele corresponde a 25% de todos os tumores
malignos registrados no país, porém o melanoma representa apenas 4% desses
tumores.
As piores são as de cor negra?
Apesar de chamarem mais atenção,
pintas negras não estão sempre relacionadas ao melanoma. O mais importante é a
alteração na forma e pigmentação: era castanha e ficou com as bordas pretas,
adquiriu tripla coloração ou a cor se tornou irregular. Então, ela deve ser
avaliada por um dermatologista. Que parâmetros são considerados para
analisar uma pinta?
As associações médicas desenvolveram
o padrão ABCDE, sendo A de assimetria (um lado difere muito do outro); B de
bordas (os contornos são irregulares, há reentrâncias para dentro e para fora);
C de cor (a coloração é irregular); D de diâmetro (acima de 6 milímetros, o
risco de melanoma aumenta); e E de evolução (refere-se ao crescimento
acelerado). O exame feito no consultório pode
afirmar que a pinta sinaliza câncer de pele?
O dermatoscópio, aparelho portátil
com lentes que aumentam de 10 a 70 vezes o tamanho da pinta, identifica sinais
precoces de câncer de pele. Mas o diagnóstico final só é dado após o exame no
laboratório das células removidas da lesão. Em caso de câncer de pele, qual é o
tratamento?
O comum é excisão (retirada) da lesão e um pouco do tecido ao
redor. Dependendo do estágio do tumor (essa avaliação é feita no laboratório),
pode haver a indicação de outros tratamentos.